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Diretoria do Sindicato participa de seminário que discutiu a saúde do Trabalhador
Por: 10 de Junho de 2014 em: Notícias

O Ministério Público do Trabalho (MPT) firmou o compromisso de fiscalizar as empresas que não fornecem aos Trabalhadores Rodoviários do Transporte coletivo as condições necessárias para o exercício da profissão. A garantia do órgão foi dada  na última terça-feira (10), durante o seminário que apresentou o Estudo das Condições de Saúde e Trabalho dos Rodoviários que revela uma série de situações deploráveis enfrentadas por motoristas e cobradores de Belo Horizonte, de Betim e de Contagem. A pesquisa, feita pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi debatida por trabalhadores, empresários e gestores públicos na sede do MPT. Segundo o próprio procurador do MPT, Antonio Carlos Pereira, serão realizadas uma serie de reuniões entre o Poder Executivo e as empresas de ônibus no intuito de buscar melhorias das condições de trabalho. Se não houver solução pelo diálogo, o órgão pretende recorrer a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e, em último caso, a uma ação judicial que obrigue as concessionárias a cumprir o acordo proposto.

            Entre os problemas levantados, estão a falta de estrutura do setor, como o uso de ônibus com motor dianteiro, que aumenta o ruído e a temperatura dentro dos veículos. Segundo o estudo, 36% dos motoristas e 43% dos cobradores disseram sentir o corpo vibrar dentro dos coletivos. A pesquisa observou ainda jornada excessiva de trabalho – sem pagamento de hora extra e horário de almoço –, bancos desconfortáveis, trânsito ruim, agressões e ameaças de passageiros.

            Ronaldo Batista, presidente do Sindicato dos Rodoviários de BH, participou dos debates e cobrou ações efetivas de todo o poder público para garantir as melhorias almejadas. " È preciso um compromisso de todos os órgãos do poder concedente para que a categoria seja de fato respeitada. As empresa julgam não ter responsabilidade quando um motorista é assaltado ou agredido, mas nós do Sindicato acreditamos que os empresários assumem o risco que o trabalhador é submetido quando não fornecem a devida segurança. Foi a partir desse pensamento, que entramos na justiça com vários casos de agressões e estamos obtendo ganho positivo", relatou Ronaldo.  

            O MPT afirmou que as primeiras providencias serão relacionadas as condições de instalações dos banheiros nos PCs e, posteriormente, serão verificadas as demais irregularidades