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Um cenário de medo, insegurança e descaso de autoridades e empresários. Esse é o atual panorama do transporte coletivo da capital, denunciado pelo Sindicato dos Rodoviários de BH (STTRBH) em audiência pública realizada na última terça-feira, 10, na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). A audiência, convocada pelo vereador Adriano Ventura (PT), contou com as participações efetivas da diretoria do Sindicato e dos operadores, que aderiram à convocação do STTRBH e ocuparam dois plenários e os corredores da Câmara. Representantes da BHTrans e da OABMG, também estiverem presentes, assim como o vereador do PT, Juninho Paim, que manifestou apoio incondicional aos Rodoviários.
Os casos de assassinatos, agressões, assaltos, ataques como depredações e queimas de ônibus e a retirada dos cobradores, foram algumas das várias questões levantadas pelo Sindicato e os operadores durante a audiência. As agressões ou até mesmo um tiro, surgem às vezes em função de uma simples abordagem, como, por exemplo, solicitar o pagamento da passagem. Durante o seu pronunciamento, o presidente do Sindicato, Ronaldo Batista, questionou algumas determinações das empresas que, inclusive, podem colocar em risco a integridade dos Trabalhadores. “Não é função dos operadores obrigar as pessoas a pagarem a passagem. Não temos proteção e, muito menos, mecanismos para fazer isso. Quem se recusa a pagar a tarifa, com toda certeza, está mal intencionado e apto a agredir o Trabalhador”, relata.
Outro tema bastante explorado apontou a ineficiência da Polícia Militar no combate à violência nos coletivos. Neste caso, Ronaldo denunciou que a preocupação da PM ocorre somente em momentos em que o patrimônio empresarial está sujeito a risco. “Quando precisamos de segurança nos ônibus ou até mesmo um plano estratégico para coibir a violência, a polícia desaparece. Mas quando estamos em greve ou manifestando contra um descumprimento dos patrões, surgem dezenas de viaturas para resguardar o patrimônio da empresa”, afirma.
Ao final, o vereador Adriano Ventura proferiu alguns encaminhamentos e garantiu que irá buscar soluções para os problemas juntamente com o Sindicato. Segundo o vereador, o próximo passo agora é exigir que patrões e a PM, posicionem-se sobre o assunto e criem medidas eficazes para garantir a segurança da categoria.
