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Rodoviários aprovam proposta patronal e mantém direitos conquistados
Por: 23 de Novembro de 2017 em: Notícias

Os Rodoviários do Transporte Coletivo de BH e Região Metropolitana aprovaram no último domingo, 19, a proposta patronal que concede a categoria reajuste linear de 2% (salário, ticket de alimentação e plano de saúde) e PR R$150,00 (cento e cinquenta reais) para quem ganha até R$1.188,00 (hum mil e cento e oitenta e oito reais) e R$300,00 (trezentos reais) para quem ganha acima R$1.188,00 (hum mil e cento e oitenta e oito reais), de uma só vez, juntamente com o adiantamento do mês de junho de 2018. Mesmo com um percentual que representa ganho real, já que o Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) gira em torno de 1,63%, a principal conquista foi à manutenção dos direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Com a implementação da reforma trabalhista, que passou a vigorar em todo país no dia 11 de novembro, os Rodoviários poderiam perder o direito de horas extras, o empresário contratar pelo regime intermitente (quando o funcionário recebe por hora trabalhada) ou implementar a terceirização irrestrita, que permite a extinção de direitos básicos, como o ticket de alimentação. Além disso, os patrões queriam retirar o passe livre dos afastados, inserir férias em três períodos e realizar as recisões contratuais nas próprias empresas. Medidas, prontamente combatividades pela diretoria do Sindicato, que não aceitou nenhum direito a menos.

Em meio a um cenário de profundo ataque aos direitos trabalhistas, o presidente do Sindicato dos Rodoviários de BH (STTRBH), Ronaldo Batista,  ressalta que o foco precisava ser a manutenção da CCT. “Mesmo que muitos trabalhadores não entendam, a luta desse ano não poderia consistir em ganhos econômicos. Para conseguir reajustes significantes, seria necessário abrir mão de direitos relevantes ou permitir o atrelamento das normas atuais a reforma trabalhista. Diferente de muitas categorias, que conquistaram um aumento igual ao nosso, mas perderam uma série de direitos, os Rodoviários, pelo menos a principio, não sentiram tanto os danos da reforma”, Conclui.