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Após ser acionado pelo Sindicato, Ministério Público do Trabalho sugere veto ao projeto “desemprego”
Por: 06 de Maio de 2016 em: Notícias

O Sindicato dos Rodoviários de BH e Região (STTRBH) solicitou a intervenção do Ministério Público do Trabalho (MPT) na batalha pelo veto ao projeto ‘desemprego’ 1881/16, que autoriza a demissão em massa dos cobradores de Belo Horizonte. A resposta do órgão foi imediata e já na última quinta-feira, 05, convocou uma reunião em caráter de urgência, que contou com as presenças dos representantes do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), do Ministério Público, da Câmara Municipal e da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), além da diretoria do STTRBH. A prefeitura de Belo Horizonte também foi convidada, mas nenhum representante compareceu ao encontro. Após a reunião, a procuradora-chefe do MPT em Minas Gerais,      Adriana Souza, informou que vai enviar ao prefeito, Marcio Lacerda (PSB), um o cio em que sugere o veto ao PL. O presidente da Câmara Municipal também receberá o documento. Para Adriana, a matéria é complexa e precisa ser discutida com mais cuidado. “É um debate complicado, que vai muito além do fim dos postos de trabalho. O projeto, por ser apenas uma substituição de um artigo, não prevê, por exemplo, meios de o passageiro comprar seus créditos antecipadamente nem como fica a sobrecarga do motorista”, explicou. A diretoria do Sindicato considerou que a reunião foi mais uma vitória na eterna batalha pela permanência dos cobradores. Segundo o presidente do STTRBH, Camilo Moreira, a intervenção do MPT fortalece a luta dos Trabalhadores e aumenta as chances do prefeito vetar o PL. “A participação do Ministério Público será de extrema importância para pressionar ainda mais o prefeito e a Câmara Municipal no veto de um projeto completamente equivocado. Os procuradores enxergaram os problemas da matéria e irão acompanhar todos os trâmites daqui em diante”, afirma. A tendência é que nas próximas semanas o prefeito se posicione sobre projeto. Caso seja vetado, o PL retornará para Câmara Municipal e será novamente votado pelos vereadores.