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Os patrões desistiram do plano de operar aos domingos com ônibus sem cobrador. A decisão patronal veio após uma intensa mobilização da diretoria do Sindicato que prometeu muita luta e até mesmo paralisar o sistema, caso os coletivos deixassem as garagens apenas com o motorista.
Imediatamente após os patrões emitirem circulares informando que a partir do dia 18/10, os ônibus não teriam cobradores aos domingos, o Sindicato agiu rápido, mobilizou a categoria, expediu os avisos de greve e utilizou os veículos de imprensa para denunciar a situação e gerar o debate com toda a sociedade. Além disso, a entidade solicitou uma audiência pública na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), para discutir a Lei Municipal 10.526/12.
Apesar da desistência dos patrões, pelo menos momentânea, em retirar os cobradores no final de semana, o presidente do Sindicato, Ronaldo Batista, acredita que a batalha está longe do fim. “Não acredito que a luta acabou, muito pelo contrário, temos que permanecer mobilizados. O grande problema é que a Lei 10.526, aprovada pelos vereadores em setembro de 2012, permite a retirada dos cobradores nos veículos das linhas troncais do sistema BRT, nos veículos em operação em horário noturno e nos domingos e feriados, e nos veículos dos serviços especiais caracterizados como executivos, turísticos ou miniônibus. O que deixa claro, que além dos patrões, lutamos também contra os órgãos concedentes e o poder legislativo”, afirma. Ronaldo ressalta também o fato dos Rodoviários não terem um representante na Câmara, o que dificulta ainda mais a situação. “Enquanto existirem leis que prejudicam o Trabalhador, não teremos tranquilidade. E hoje, infelizmente, não há um vereador na Câmara Municipal de Belo Horizonte, compromissado com a nossa categoria”, conclui.